Champanhe ou Espumante...
A bebida que é sinônimo de comemoração é conhecida genericamente como champanhe. Mas há muito mais por trás dessa taça douradaNão é à toa que champanhe é associada a festas glamurosas e elegantes. Ter uma taça de champanhe na mão e sentir-se em traje de gala é resultado de uma das mais bem-sucedidas ações de marketing de todos os tempos. E isso não faz a bebida ser uma gota menos maravilhosa do que é, mas o fato é que esse vinho (sim é um vinho!) nem sempre foi sinônimo de sofisticação até cair nas graças das realezas européias do fim do século XIX, sobretudo a nobreza czarista russa, que importava quantidades monumentais para turbinar seus eventos.
Pra lá de resumido, foi assim que ela se tornou a bebida dos reis. A melhor parte desta história é que no século XXI foi liberada a "autocoroação". A oferta de espumantes de diversas procedências é grande e isso abrange todos os gostos e bolsos. Então, majestade, aproveite!
Para eleger seus favoritos, comece separando dois grupos: o champanhe, que é produzido exclusivamente na região francesa de mesmo nome e o espumante, que basicamente é a mesma bebida, só que produzida em várias regiões do mundo, incluída aí a França.
Explico a divisão: Champanhes custam caro e em geral são uma categoria à parte. Obedecem ao método de produção champenoise, um processo caro, demorado e trabalhoso pelo qual o vinho passa por duas fermentações, ambas dentro da garrafa. Isso sem contar o trabalho feito pelo abençoado terroir da região. Essas já são boas pistas sobre o porquê da diferença de preços.
Isso não qur dizer que entre os espumantes não haja rivais para os champanhes. Há, sim. Entre os cavas espanhóis, produzidos na Catalunha, os espumantes e proseccos italianos, crémants franceses da região da Alsácia e do Vale do Loire, há belíssimos exemplares produzidos exatamente da mesma maneira que na Champanhe, pelo método tradicional.
Já os espumantes mais em conta são produzidos por outro método, o charmar, no qual uma das fermentações ocorre em tonéis de aço, o que permite a produção de quantidades maiores. O resultado não é o mesmo, evidentemente, mas isso democratiza nossa bebida de rolha barulhenta que pode ser bebida sem pretexto de comemorar nada.
Escolha o seu para festejar uma vitória, batizar um navio, comemorar o Natal, celebrar mais um ano de vida ou simplismente brindar.
Por Eduardo Hernandez